8/28/2009

A dor do mundo


A dor do mundo
Eu choro por mim...Choro por ti...
E por todos nos...Eu clamo miséricordia pela morte...
Porque a vida é coisa de sorte.
Lamento as lágrimas de dor dos inocentes
Que penam sem amor, descente...
Seu abrigo é o relento... E o seu fim.
Sangrento.Quanto mal!! Quanta desigualdade
Estou de mão atadas... É o Apocalipse,Generalizado...
Crueldade desvairada,Completo caus.Senhor!
Dai-me forças para ver tanta dor...
Injustiças sem conhecimento de causa,
Eles só querem viver apenas... E nada vale a pena.
Valetas! Vias, Ruelas... Palácios, manzoléus e favelas!
Fogos de artifícios! Comemorações!
Tiros certeiros,Em meio aos trovões.
Vinhos derramam sem medida..
Em outra mesa! Sem comida.A sorte violentada!
Uns morrem de dor, e outros por amor.Amor!
A si! por si! Somente...E eu ! Crente... Somente crente...

Desejo de Despertar


No embalo ritmado da brisa leve,
de paixões antigas, adormecidas,
encontrei-me assim, sem querer,
precisamente ali, alma adentro.
Lá, observei-me com temor e ressalva.
De binóculo, para não me incomodar.
Pois, distraída estou no centro de mim,
Embebida por pensamentos presentes.
E ao buscar-me, veja que empatia,
uma voz clara me chamou deste estado
de eclipse lunar e estrela cadente.
Meu Pai! Tu me tocas e eu me chamo?
Abro os olhos e, em mim, olho ascendente.
Eu que tenho evitado o reflexo do espelho,
por onde Deus irá mostrar meus caminhos.
Ai, ai, ai...não posso mais me esconder.
Sob que vã proteção foi que estagnei?
Pelas longas, cíclicas trilhas da mesmice?
No afã do comodismo lento e carinhoso?
Portanto, vou me invocar dentro de mim.
Vou transformar, ser doidivanas...
Shhiiiuuuu! Louca varrida...
Fale baixo, pois abstraída estás,
nesse cenário doido: na cama Van Goghiana.

Um mimo para a poetiza, e amiga
Elisa Maria Gasparine Torres

8/21/2009

Gemido das ondas


Bate onda! Bate forte nas pedras,
Onde acento meus pés descalço,
E descanso o frágil corpo desfalecido,
De cansaço...
Bate! Quero ouvir o som enfurecido,
Querendo dizer-me algo há muito tempo,
Esquecido.
Molha-me o corpo! Que ficarei inerte ao,
Teus gemidos...
Enquanto bates e voltas para teu seio,
Rolo em confusos pensamentos,
Coberto por seu véu branco, de espumas quentes.
Invada-me a alma!E reanime esta vida com sua,
Majestosa quietude benevolente...
Diga-me o que eu quero ouvir...
E teus segredos! Levarei comigo...

8/06/2009

Se eu fosse o vento


Se eu fosse como o vento,
atravessaria O Atlântico!
E sobre as nuvens voaria,
Ao teu encontro querida...
Envolvia-te... Numa brisa suave,
Elevava-te aos céus como ave,
E ali viveríamos a vida.
Se eu fosse o teu sol...
E te iluminasse...
Não permitia que a luz te faltasse,
E brilharia sempre para ti.
Num amplexo total te envolveria,
E junto a ti a amar-te viveria,
A recuperar a felicidade que não vivi.
Subiria ao Olimpio e aos deuses pediria,
Que de meus dias fizessem um só dia...
Eterno, de amor para contigo.
Que apagassem a distancia que nos separa,
E o tempo juntos, infinito seria, e a luz que nos,
Acende sem cessar seria...
E a chama que arde comigo! Não apagaria...
Poema de Calos Alberto Souza

8/05/2009

Horas calmas




Nas horas calmas... Mergulho no sinal da tua presença.
A realidade é vista! Sem escudos, mostra o amor participado,
Que torna esta entrega a um convite a harmonia...
E nisto consiste me realizar, e te manifesta no fruto amadurecido...
Na flor que desabrocha.
E em tua intensa face... Seu olhar terno, e carinhoso,
Encorajo-me a pisar nas pedras deste árduo caminho...
Neste remoto mundo, me aflige a saudade em que flores,
Amavam-me... E hoje escondo-me em negro manto,
E os resquícios da mocidade! Em sombras vejo no espelho.
É fogo a se apagar!
Então vem tu! Com seus fulgentes raios, a me iluminar...
Nascente como um lindo sol... Trás-me a alegria do meu sonhar...

8/03/2009

Segredos do mundo


Descubro-me guardada em chaves perpétuas!
Escondida no meu eu, distante e só...
Dessas manhãs, de vultos espessos e trôpegos,
Segredosos passos tortos, num longo silêncio!
Clareia o caminho.
À noite! Visito o vento leve, que me alegra o,
Semblante com sua brisa úmida...
Irriça-me os pelos! Quando olho a imensidão,
Do vasto céu... Neste mundo que ressoa,
Em mim, exerce o que sabe sobre esta vida,
E guarda segredos espantosos,
Como numa parábola reta, de escrita livre como o,
Vento no planalto...
Laço o lenço no pescoço! Para que não voem com,
As abstratas e estranhas nuvens a mover-se no,
Firmamento, formando figuras, onde viajo no,
Infinito... E lá! Volito num planar de pássaro livre,
Rumo a um caminho sem volta... Sem tropeços...
Sem erros...